Apesar da vontade de ser racional e acreditar que agimos de forma consciente, a Psicanálise desde seus primórdios nos mostra que as coisas não são bem assim. Somos, em última análise, movidos por impulsos inconscientes, fazemos sem saber porquê fazemos, e esse “não saber” merece nossa atenção.
Sem fórmulas mágicas, sem positivismo, sem cartilhas ou exercícios de orientação, a Psicanálise, no sentido contrário de outras práticas, promove a você que procura o divã uma construção singular de um saber sobre si.
Aqui nenhuma receita pronta é valida, você criará a sua própria.
Não há roteiros e nem guias que possam auxiliar nessa jornada, você terá de se responsabilizar por cada movimento que fizer, e ainda sim perceberá o quanto é difícil desapegar de ilusões, medos e fantasias. Afinal, mentimos o tempo todo para nós mesmos com intuito de sustentar tais fantasias e ilusões. E como dizia Renato Russo em sua canção:
“Mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira!”
Quando você se dá conta das contradições que surgem no próprio discurso, tem a possibilidade de refletir sobra elas, sobre você. Não necessariamente para formular uma síntese mas, para perceber que estas contradições marcam algo carente de uma reflexão mais elaborada. Uma espécie de “no sense” estará acentuada, incomodando, e uma vez implicada, poderá surgir o desejo de “fazer algo com isto”.
Acordar para o que se diz e contradiz, mais do que isso. Acordar para o que não se diz, para o que se afirma ou nega, para o que se exclama ou interroga e assim por diante. Acordar para não dormir na vida, para não dormir pra si mesmo.
Afinal, em Psicanálise você acorda de uma mentira onde, você, é o próprio mentiroso.
Para mais informações sobre atendimentos clínicos clique aqui.