“Mas o Psicanalista só fica lá, escutando, não fala nada, assim é fácil!”
Essa é clássica, mas será que é bem assim?
Você já tentou escutar realmente, sem interromper ou tentar introduzir sua própria experiência naquilo que está escutando, privilegiando aquele que fala e aquilo que fala?
Mas que “aquilo” é este Darci?
“Aquilo” que fala é algo da ordem do inconsciente que depende, entre outras coisas, do manejo clínico da escuta para ser privilegiado. Escutar é uma ação, talvez quase extinta, quiçá uma que privilegie o inconsciente.
Portanto, o Psicanalista escuta em ação, com atenção flutuante e, não passivamente como muitos acreditam ser. Não é uma práxis fácil e requer muita análise pessoal, supervisão e experiência clínica. Do contrário, ao invés de estar no setting psicanalítico, você estará numa sala de bate-papo.